hoje tomei café da manhã na casa da minha namorada lendo "minhas queridas", livro de cartas escritas pela clarice lispector para as irmãs elisa e tânia, entre os anos de 1940 e 1957. entrar na intimidade dela é fabuloso e completamente identificável. tem um pouco de mesmice. de tempo parado. de amor. de insistência por respostas. de solidão. de sensibilidade. de humor. "essa gente toda de quem estou falando apresenta o ligeiro milagre de não ser chata, pelo contrário". risos. em novembro de 1944, ela escreveu: "você não imagina como longe do Brasil se tem saudade dele. sou capaz de escrever um novo Brasil, país do futuro..." gostaria. logo cedo estava tocadíssima por aquelas palavras. o dia, às vezes, desanda, mas quero acreditar na vida pelas manhãs. pensando nisso, trouxe o livro pra minha casa. amanhã continua. saga.